Segundo o site https://www.noticiasaominuto.com.br/brasil: Desempregado, pai de Benjamin diz que recorrerá a doações para fazer sepultamento da criançaO pai do bebê de um ano e sete meses morto nesta semana por um tiro na cabeça no Complexo do Alemão, Rio, está desempregado desde 2015 e terá de recorrer a doações para fazer o sepultamento do filho. O gesseiro Fábio Antônio da Silva, de 38 anos, conta que já recebeu ofertas de ajuda para organizar o enterro de Benjamin, de um ano e sete mesas, mas que não foi auxiliado pela autoridades. "Eu não consegui nada até agora. Também não quis ser injusto com as pessoas e usar esse momento de dor para achacar ninguém. Hoje, de São Paulo, se ofereceram para me ajudar. Só que, como uma pessoa honesta, não quero me valer de uma situação para me beneficiar. Só quero dignamente sepultar meu filho", disse o pai, em entrevista ao jornal O Globo.
Fábio afirma que o sepultamento custaria entre R$ 1.500 e R$ 2.800, mas que ele decidiu enterrar o filho em Niterói, cidade onde ele mora. O gesseiro, que sobrevive fazendo bicos, diz que verificará o valor antes de abrir o canal para doações. " Estou vindo agora fazer a certidão de óbito e depois vou à funerária para saber o valor e começar a mobilizar a internet e as pessoas que se ofereceram para me ajudar. Vou disponibilizar uma conta para adquirir o dinheiro e poder pagar (o enterro)", contou ele.
Indignado, Fábio diz que ainda não recebeu ajuda de autoridades. "Meu filho morreu na sexta-feira e até agora ninguém falou nada. Ninguém me procurou. Nenhuma autoridade. Hoje meu filho vai ser enterrado e depois acabou. Fica para a história e a lembrança passa com o tempo. Vai virar mais um. Nenhum órgão público veio me procurar. É como se fosse um lixo. Meu filho só tinha 1 ano e 7 meses. Cadê a resposta? Ninguém fala nada. Acho que alguma autoridade devia procurar a família", desabafou.
Benjamin morreu em meio a um tiroteio que deixou mais três mortos na sexta-feira: José Roberto da Silva, de 58 anos, que chegou a ser encaminhado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu; Maria Lúcia da Costa, de 58 anos; e um suspeito de envolvimento no confronto. Mais sete pessoas ficaram feridas, incluindo três suspeitos.
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