Um mês após enchente, Pernambuco ainda registra mais de 9 mil pessoas fora de casa

Segundo o site http://g1.globo.com/pernambuco/noticia:

Foram 490 habitações destruídas e 4.951 danificadas por conta das chuvas. Governo divulgou balanço de destruição e ações um mês após tragédia na Zona da Mata Sul e Agreste pernambucano.Balanço foi divulgado durante uma coletiva de imprensa sediada no Palácio do Campo das Princesas, na área central do Recife (Foto: Thays Estarque/G1)Um mês após a enchente que assolou a Mata Sul e o Agreste de Pernambuco, 9.277 pessoas ainda estão fora de suas casas. Esse número chegou a mais de 55 mil em um momento de pico. Foram 490 habitações destruídas e 4.951 danifidaras por conta das chuvas. Ao todo, 27 municípios foram considerados em situação de emergência. (Veja vídeo acima)

Em todo o estado, 52 rodovias foram danificadas - foram 1.627 quilômetros que sofreram ação das águas. O temporal causou enchentes, deslizamentos de barreiras e cinco mortes. O balanço foi divulgado durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Campo das Princesas, na área central do Recife, nesta quarta-feira (28). Além do governador Paulo Câmara, estiveram presentes secretários de estado e representantes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
"Agora, a gente tem um caminho pela frente que é finalizar os cadastros. Já cadastramos os desabrigados e estamos iniciando o cadastro dos desalojados. É com base nesses dados que as providências serão tomadas no tocante a habitação, a auxílio moradia e ao pleito do Cartão Reforma", apontou o governador.
O governo do estado trabalha junto aos municípios para avaliar que serviços precisam esperar as chuvas passarem e identificar outros já podem começar. "Vamos fazer isso para reconstruir escolas, hospitais e de acessos, de estradas. Ao mesmo tempo, cuidar de evitar possíveis enchentes no futuro", pontuou Câmara. Para tentar evitar que tantas pessoas sejam atingidas novamente, o governado estadual solicitou ao Sistema Nacional da Defesa Civil R$ 25,8 milhões para ações de restabelecimento de encostas como a colocação de geomantas nas encostas das cidades que mais sofreram com a tragédia. São elas: Ribeirão, Cortês, Belém de Maria, Catende, Joaquim Nabuco, Sirinhaém, Jaqueira e Maraial.
"Já solicitamos esse valor para coloquemos geomantas. Hoje, as áreas estão cobertas por lona. As geomantas têm um prazo de contenção de 10 a 20 anos. Isso daria mais segurança para as pessoas que ali vivem. A Mata Sul é a região nordestina que mais chove. Ela chove cerca de 2 mil milímetros, em média, anualmente. Então, nós temos que evitar que as pessoas que ali vivem sejam soterradas", detalhou o secretário de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni.
Até o momento, o estado já recebeu a quantia de R$ 17,55 milhões oriunda do governo federal para ser gasta com cesta básica, água potável, kit de higiene, kit limpeza, lona e colchão. Entretanto, a União falta repassar a quantia de R$ 5,53 milhões. O dinheiro, segundo Stefanni, servirá para pagar as empresas que realizaram serviços de limpeza nas cidades atingidas.
"Nós aguardamos o repasse dos recursos. É importante dizer que recebemos os R$ 17 milhões na primeira semana. Então, nós confiamos e aguardamos esses recursos para fazer os pagamentos. Nós acreditamos que deve sair nos próximos dias", finalizou o secretário de Planejamento e Gestão.
Pernambuco ainda teve 38 escolas estaduais danificadas e duas destruídas. Quanto as municipais, foram 174 danificadas e dez destruídas. O governo calcula um prejuízo de mais de R$ 23 milhões para recuperar as unidades de ensino do estado e quase R$ 64 milhões para as municipais.                                                     
    

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