BNDES libera recursos de concessão de 2013

Banco deu um primeiro passo para liberar os pedidos dos vencedores dos leilões das concessões da primeira fase do Programa de Investimentos em Logística (PIL)http://static.noticiasaominuto.com.br/stockimages/1370x587/O BNDES anunciou ontem a aprovação de financiamento de longo prazo de R$ 552,7 milhões para a MGO Rodovias, operadora do trecho de 436,6 quilômetros da BR-050, entre Goiás e Minas Gerais. O banco deu, assim, um primeiro passo para liberar os pedidos dos vencedores dos leilões das concessões da primeira fase do Programa de Investimentos em Logística (PIL). São de R$ 15 bilhões a R$ 17 bilhões em empréstimos a liberar.

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Lançado em setembro de 2012, o pacote de concessões da primeira fase do PIL começou a ser leiloado somente em novembro de 2013. O trecho da MGO Rodovias é o menor dos projetos. Além dos R$ 552,7 milhões do BNDES, a concessionária pleiteia na Caixa outros R$ 550 milhões - essa operação ainda está na fase de estruturação e não deverá ser aprovada antes da próxima semana.

Na quarta-feira, o diretor-presidente da MGO Rodovias, Helvécio Soares, esteve na sede do BNDES para negociar o empréstimo. Ontem, a concessionária não quis se pronunciar sobre a aprovação. A MGO Rodovias foi criada pelo Consórcio Planalto, formado por nove empresas de médio porte, para participar do leilão da BR-050.

O BNDES promete para até dezembro a aprovação de cinco projetos leiloados até dezembro de 2013. O próximo da fila deverá ser o trecho da BR-163 em Mato Grosso, operado pela Odebrecht Transport.

O Estado apurou que há preocupação, na equipe econômica, com a demora do BNDES na análise dos projetos porque estaria atrasando os investimentos e contribuindo para adiar a recuperação da economia.

O banco nega atraso na liberação de recursos, pois o cronograma inicial previa aprovar os empréstimos de longo prazo em até 18 meses após a aprovação de empréstimos-ponte - modalidade de curto prazo, para agilizar os investimentos enquanto o empréstimo de longo prazo é analisado -, o que ocorreu no fim do primeiro semestre de 2014.

Desde que a Operação Lava Jato atingiu as maiores empreiteiras do País, os principais investidores das concessões de infraestrutura, o BNDES tem analisado com lupa o perfil de risco das empresas. Com a recessão, o quadro é de travamento de crédito para construção.

A preocupação das empresas da área de infraestrutura com o crédito quase triplicou nos últimos 12 meses, segundo a Sondagem da Construção, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em setembro de 2014, 11,7% das empresas entrevistadas citavam o acesso ao crédito como "fator limitativo". No mês passado, 30,6% apontaram o crédito como problema - o segundo mais citado, perdendo apenas para "demanda insuficiente".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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