A internet já é realidade nas favelas do País. Como efeito de melhorias significativas em seus indicadores socioeconômicos nos últimos anos, mais da metade (52%) dos moradores de comunidades brasileiras tem acesso à rede - um quarto deles, diariamente. Entre os jovens de 16 a 29 anos, 78% já estão conectados.
Os números são parte de uma pesquisa do Instituto Data Favela realizada em 63 comunidades na última semana de setembro, nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. "Essa disparada da internet nas favelas começou nos últimos três anos", diz Renato Meirelles, presidente do Data Popular e sócio do Data Favela, juntamente com Celso Athayde, presidente da Central Única das Favelas (Cufa). "Se antes a TV era a janela do mundo para os moradores, a internet apareceu como vitrine: nela, o morador, principalmente o jovem, pode se mostrar e mostrar a sua realidade", diz. Segundo a pesquisa, 50% dos domicílios das favelas já possuem conexão com a internet. A mais comum é a banda larga, seguida por modem móvel 3G. "É uma questão cultural que vai para além da própria tecnologia. É global: a barreira entre a favela e o asfalto se rompeu, essa troca cultural existe", diz Claudia Raphael de Oliveira, coordenadora estadual da Cufa-SP. "E uma das ferramentas que tanto a população do asfalto como a da favela encontram para interagir é justamente essa área livre de comunicação que é o território da internet, onde as pessoas são iguais pelo próprio fundamento da ferramenta", diz. Mobile. O computador de mesa ainda é o meio mais utilizado para acessar a internet, porém 41% já navega pelo celular, seguindo a tendência mundial de explosão dos dispositivos móveis. Entre os jovens, metade usa o aparelho para se conectar. Ainda segundo a pesquisa, hoje nove em cada dez moradores de favelas possui um celular. Em 2002, a marca ficava abaixo de 30% da população. Para Meirelles, a penetração dos dispositivos móveis nas favelas, como já ocorre no resto do País, tende a crescer mais e mais. "O próximo passo das favelas brasileiras é o mobile." Ele pontua que o uso da internet atende a duas funções principais: melhora na qualidade de vida e diversão. "Com o acesso à rede, a pessoa manda currículos, estuda pela internet, paga contas e resolve um monte de problemas do dia a dia. A outra questão é mais de entretenimento, como ouvir músicas e acessar as redes sociais", diz. A penetração das redes sociais nas comunidades impressiona. Segundo o instituto, 85% dos usuários das favelas possui um perfil no Facebook. Apesar de o Brasil ser o segundo maior mercado da rede social, nacionalmente essa marca ainda fica abaixo dos 40% dos usuários. Sinal compartilhado. Segundo a pesquisa, um em cada quatro moradores afirma conhecer alguém que compartilha o sinal de internet com o vizinho ou utiliza o do vizinho. Claudia, da Cufa, explica que, além da cultura de compartilhamento presente na comunidade, a prática é por vezes a única saída de alguns moradores, já que muitos locais não estão cobertos pelas operadoras. "O que mais tem aqui é compartilhar a internet com os vizinhos", diz Diego Lima, de 22 anos, que mora em Paraisópolis, segunda maior favela de São Paulo. "Nós, por exemplo, usamos o WiFi em quatro: a gente divide a conta igualmente", afirma. Diego usa a internet todo dia, pelo notebook e pelo celular. "Gosto de pesquisar coisas do mundo da música, para ficar atualizado", conta. Diego é integrante de uma banda de hip hop, que realiza shows na comunidade. O grupo também usa a rede para divulgar seu trabalho e se conectar com os fãs: "Sempre atualizamos nossa página no Facebook, que já tem mais de 800 curtidas", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Os números são parte de uma pesquisa do Instituto Data Favela realizada em 63 comunidades na última semana de setembro, nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. "Essa disparada da internet nas favelas começou nos últimos três anos", diz Renato Meirelles, presidente do Data Popular e sócio do Data Favela, juntamente com Celso Athayde, presidente da Central Única das Favelas (Cufa). "Se antes a TV era a janela do mundo para os moradores, a internet apareceu como vitrine: nela, o morador, principalmente o jovem, pode se mostrar e mostrar a sua realidade", diz. Segundo a pesquisa, 50% dos domicílios das favelas já possuem conexão com a internet. A mais comum é a banda larga, seguida por modem móvel 3G. "É uma questão cultural que vai para além da própria tecnologia. É global: a barreira entre a favela e o asfalto se rompeu, essa troca cultural existe", diz Claudia Raphael de Oliveira, coordenadora estadual da Cufa-SP. "E uma das ferramentas que tanto a população do asfalto como a da favela encontram para interagir é justamente essa área livre de comunicação que é o território da internet, onde as pessoas são iguais pelo próprio fundamento da ferramenta", diz. Mobile. O computador de mesa ainda é o meio mais utilizado para acessar a internet, porém 41% já navega pelo celular, seguindo a tendência mundial de explosão dos dispositivos móveis. Entre os jovens, metade usa o aparelho para se conectar. Ainda segundo a pesquisa, hoje nove em cada dez moradores de favelas possui um celular. Em 2002, a marca ficava abaixo de 30% da população. Para Meirelles, a penetração dos dispositivos móveis nas favelas, como já ocorre no resto do País, tende a crescer mais e mais. "O próximo passo das favelas brasileiras é o mobile." Ele pontua que o uso da internet atende a duas funções principais: melhora na qualidade de vida e diversão. "Com o acesso à rede, a pessoa manda currículos, estuda pela internet, paga contas e resolve um monte de problemas do dia a dia. A outra questão é mais de entretenimento, como ouvir músicas e acessar as redes sociais", diz. A penetração das redes sociais nas comunidades impressiona. Segundo o instituto, 85% dos usuários das favelas possui um perfil no Facebook. Apesar de o Brasil ser o segundo maior mercado da rede social, nacionalmente essa marca ainda fica abaixo dos 40% dos usuários. Sinal compartilhado. Segundo a pesquisa, um em cada quatro moradores afirma conhecer alguém que compartilha o sinal de internet com o vizinho ou utiliza o do vizinho. Claudia, da Cufa, explica que, além da cultura de compartilhamento presente na comunidade, a prática é por vezes a única saída de alguns moradores, já que muitos locais não estão cobertos pelas operadoras. "O que mais tem aqui é compartilhar a internet com os vizinhos", diz Diego Lima, de 22 anos, que mora em Paraisópolis, segunda maior favela de São Paulo. "Nós, por exemplo, usamos o WiFi em quatro: a gente divide a conta igualmente", afirma. Diego usa a internet todo dia, pelo notebook e pelo celular. "Gosto de pesquisar coisas do mundo da música, para ficar atualizado", conta. Diego é integrante de uma banda de hip hop, que realiza shows na comunidade. O grupo também usa a rede para divulgar seu trabalho e se conectar com os fãs: "Sempre atualizamos nossa página no Facebook, que já tem mais de 800 curtidas", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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