Santa Cruz do Capibaribe em "pé de guerra"

Vereadores de oposição expuseram suposto direcionamento em licitação feito pela prefeitura / Michele Souza/JC Imagem

Vereadores de oposição expuseram suposto direcionamento em licitação feito pela prefeitura

Michele Souza/JC Imagem

A cidade de Santa Cruz do Capibaribe (Agreste) está em pé de guerra. Desde que assumiu a prefeitura, o prefeito Edson Vieira (PSDB) tem se empenhado em escancarar o “caos administrativo” deixado pela gestão de Toinho do Pará (PTB). O tucano decretou estado de emergência, fez auditoria e denunciou irregularidades, que teriam causado um rombo de R$ 50 milhões aos cofres municipais. A atual bancada de oposição, ligada ao antigo gestor, movimentou-se para apurar indícios de irregularidades na contratação, por dispensa de licitação, da empresa KMC Locadora LTDA, que controla o serviço de transporte desde janeiro.
O assunto domina os embates na Câmara Municipal. Os oposicionistas Ernesto Maia (PTB), Deomedes Brito (PT) e Carlinhos da Cohab (PSL) acusam o atual prefeito de direcionar a contratação de uma empresa supostamente fantasma. Ela, segundo eles, dispõe de uma frota incompatível com os dados cadastrados no Detran-PE. Eles dizem haver motocicleta sendo paga como se fosse caminhão-pipa, gerando custo de R$ 10,5 mil mensais. 
Também denunciam que a sede cadastrada pela empresa não existe e que os donos, Carlos Alexandre Malta, Higeine de Almeida Malta e Renata Rafaela Cavalcanti de Castro, são comissionados do gabinete do deputado Diogo Moraes (PSB), aliado do prefeito. O grupo protocolou denúncia no Ministério Público, Justiça Federal e Tribunal de Contas. O promotor Hodir Guerra afirma que próxima semana deve terminar as diligências. Já o prefeito nega haver direcionamento, pois a empresa contratada apresentou todos os documentos necessários e tinha a melhor oferta. “O serviço está sendo prestado”, afirmou.

Ne10

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