Ana Paula Maciel está sob custódia desde o dia 18 de setembro.
Detida durante protesto, brasileira prestou depoimento neste domingo.
Do G1 RS
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Foto divulgada pelo Greenpeace mostra Ana Paula Maciel, marinheira do Arctic Sunrise, no tribunal russo nesta quinta-feira. (Foto: Igor Podgorny/Greenpeace)
Foto divulgada pelo Greenpeace mostra Ana
Paula no tribunal russo naa quinta-feira
(Foto: Igor Podgorny/Greenpeace)
A justiça russa determinou neste domingo (29) que os oito ativistas que faltavam depor, integrantes da tripulação do navio do Greenpeace, o Arctic Sunrise, investigado por pirataria após protesto contra uma plataforma de petróleo no Ártico, fiquem detidos no país até 24 de novembro, durante o processo de investigação. Entre eles está a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, de 31 anos.
O tribunal de Murmansk já havia ordenado na quinta-feira (26) a prisão por dois meses dos outros integrantes. Ao todo são 28 ativistas, além de um fotógrafo e um cinegrafista que cobriam a ação. Em seu site oficial, o Greenpeace Brasil reiterou que vai recorrer da decisão.
O Artic Sunrise foi interceptado no Ártico pelas autoridades russas e rebocado para a cidade de Murmansk. Os ativistas negam ter cometido atos de pirataria e reclamam que a Rússia interceptou ilegalmente o navio em águas internacionais. A comissão de investigação russa justificou a prisão dos ativistas considerando que poderiam fugir da Rússia caso fossem libertados.
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Na Rússia, quem responde por pirataria pode ser punido com até 15 anos de prisão. O presidente russo Vladimir Putin admitiu na quarta-feira que os 30 tripulantes do barco do Greenpeace não eram piratas, mas que eles "violaram as normas da lei internacional".
Longe do Brasil desde o dia 11 de junho, a previsão inicial era de Ana Paula voltar ao país no fim de outubro. A gaúcha começou a atuar em defesa das causas ambientais em 2006. Segundo a mãe dela, Rosângela Maciel, que mora em Porto Alegre, a filha não só participa das manifestações da organização ambiental, como trabalha e praticamente vive na embarcação que ajuda a conservar.
A prisão na Rússia não foi o primeiro susto que Ana Paula deu na mãe. Tripulante de embarcações do Greenpeace desde 2006, a bióloga foi detida na segunda viagem que fez pela ONG ambientalista, no Caribe, durante um protesto do Greenpeace contra a caça de baleias.
O G1 tentou falar com a mãe de Ana Paula na tarde deste domingo, após a decisão da Justiça russa, mas o celular dela estava desligado.
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Porto Alegre, Rio Grande do Sul
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