O Santa Cruz sofreu sua segunda derrota sob o comando do técnico Marcelo Martelotte ao cair por 1×0 diante do Oeste, em Osasco, na tarde deste sábado (1). Com o resultado o Tricolor caiu uma posição na Série B – agora é o décimo – e está a seis do G4. Na próxima rodada os corais enfrentam o Botafogo, no sábado (8), no Arruda, partida que marcará o retorno do atacante Grafite.
O time do Arruda teve um bom início de partida. Lelê e João Paulo recuavam para ajudar Moradei e Wellington Cézar. O encaixe fez o time da casa abusar das jogadas pelas duas laterais, principalmente a esquerda, por onde caía o meia Mazinho, principal articulador. Faltava aos corais mais velocidade na transição ofensiva. Quando os atacantes recebiam a bola dificilmente tinham boas opções de passe. Assim, a melhor oportunidade veio com a bola aérea. Aos seis minutos Marlon cruzou da esquerda e João Paulo apareceu livre de marcação para cabecear no travessão.
Aos poucos, o Tricolor começou a errar passes demais. E o pior: sem que jogadores adversários forçassem esses erros. Foi assim que os rubro-negros passaram a ganhar volume de jogo e rondar a área com perigo. Aos 30 minutos Tiago Cardoso espalmou errado um cruzamento e a bola caiu nos pés de Fernandinho. Ele chutou em cima de Neris. Nos dez minutos finais o Santa conseguiu aproximar mais suas linhas e reduzir os erros de passe. Se não rendeu bem ofensivamente ao menos reduziu o volume de jogo ofensivo do Oeste.
Como Wellington Cézar estava pendurado com cartão amarelo, o técnico Marcelo Martelotte aprveitou para promover a estreia do lateral-direito Vítor, deslocando Bileu para sua função de origem. E a entrada do recém-contratado fez a balança do jogo pender para seu lado. Mas a melhor jogada pela direita quem fez foi Luisinho aos oito minutos. Ele foi à linha de fundo e cruzou para Anderson Aquino perder o domínio. Os dois times se equilibraram tentado imprimir velocidade ao ataque e mantiveram essa igualdade até na hora de errar. O passe final foi o calo tanto de tricolores quanto de rubro-negros.
Os corais tiveram outra grande oportunidade num erro de interpretação do árbitro Jaílson Macedo Freitas. Aos 23 ele viu recuo intencional de Patrick para o goleiro Jefferson, que pegou a bola com as mãos – na verdade o jogador do Oeste tentou desarmar Lelê. Na cobrança da infração em dois lances na pequena área o juiz errou novamente: deveria posicionar a barreira em cima da linha de gol e a colocou na diagonal da trave direita. Na cobrança, João Paulo mandou em cima da muralha humana.
No meio de tantos erros, Rafael Martins foi quase uma exceção à regra. Aos 36 minutos estava sem ninguém a pressioná-lo e arriscou um chute da intermediária. Teve rara felicidade ao acertar o ângulo esquerdo de Tiago Cardoso e fazer o gol da vitória.
Ficha do jogo:
Oeste: Jeferson Romário; Eldinho, Halisson, Ligger e Fernandinho; Leandro Mello, Renato Xavier, Patrick Silva (Paulo Henrique) e Mazinho; Wrangler (Rafael Martins) e Junior Negão (Rodriguinho). Técnico: Roberto Cavalo.
Santa Cruz: Tiago Cardoso; Bileu, Néris, Danny Moraes e Marlon; Moradei, Wellington Cézar (Vítor), Lelê (Renatinho) e João Paulo; Luisinho e Anderson Aquino (Bruno Moraes). Técnico: Marcelo Martelotte.
Local: Estádio José Liberatti, Osasco (SP). Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA). Auxiliares: José Raimundo Dias da Hora e Marcos Welb Rocha de Amorim (ambos da Bahia). Gol: Rafael Martins, aos 378 do segundo tempo. Cartões amarelos: Leandro Mello e Wellington Cézar. Público: 1.928.
Sport recebe o Cruzeiro e tenta manter boa faseLeão está há 28 jogos sem perder como mandante. Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Último jogo do domingo pela Série A, Sport e Cruzeiro entram em campo às 18h30 na Arena PE no fechamento da 16° rodada. O Leão quer manter o bom aproveitamento dentro de casa, onde não perde há 28 jogos, e seguir no G-4, podendo até assumir a terceira colocação caso o Palmeiras não vença o Atlético-PR na Alianz Parque Arena.
O Rubro-Negro vem de um importante empate com o Grêmio fora de casa. Já o Cruzeiro vive má fase e vem despencando na tabela. Na rodada passada perdeu para o São Paulo no Morumbi. Fora de casa a Raposa conquistou duas vitórias, sendo uma sobre o Vasco em São Januário. A outra não foi tão longe da Toca da Raposa – o clássico contra o Atlético no Mineirão, mas com o Galo sendo o mandante.
Sport sem mistérios
O técnico Eduardo Baptista aproveitou a semana para arrumar a casa e encontrar os substituto do ponta direita Élber, que não pode atuar por ter vínculo com o time celeste. Régis treinou nos últimos dias e foi o escolhido.
Mas antes ele teve uma conversa com Baptista que pediu para ajudar mais na marcação, já que o antigo titular preenchia o setor direito e ajudava a conter as descidas dos laterais. Renê está de volta na lateral esquerda no lugar de Danilo. No mais o time é o mesmo que vem fazendo grande campanha no Brasileirão.
Quem pode decidir?
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
O camisa 87 foi o escolhido como provável protagonista não só porque é o artilheiro do time ao lado de André, com cinco gols, mas também por ser quem mais apresenta capacidade de desequilibrar um jogo decisivo seja com um passe ou com gols.
Outro ponto é que ele já vestiu a camisa azul celeste e não foi bem. Provavelmente está na expectativa de fazer um bom jogo e mostrar que quem perdeu na verdade foram os cruzeirenses.
Fique de olho
O camisa 9 tem papel fundamental no esquema de Eduardo Baptista. Além dos gols, ele ajuda na marcação pressão para conter a saída de jogo do adversário. Essa tática deve ser ainda mais utilizada já que o Cruzeiro vem com três volantes e para contê-los é preciso marcar adiantado.
O adversário
Treino da equipe do Cruzeiro na Toca ll em BH. Foto: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
O técnico Vanderlei Luxemburgo, chamado de estrategista nato por Eduardo Baptista, fez mudanças no time, algumas forçadas e outras por opção. Ele não conta com os laterais Fabrício, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e Ceará machucado. Mayke e Mena foram escolhidos. Por isso o time terá a 12° formação em 12 jogos. A principal novidade é a entrada dos três volantes – Charles, Willians e Henrique. Apenas o garoto Alisson na armação. Na frente, Marinho e Vinícius Araújo.
Ficha de jogo
Sport: Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Durval, Matheus Ferraz e Renê; Wendel, Rithely, Régis e Diego Souza; Marlone e André. Técnico Eduardo Baptista
Cruzeiro: Fábio; Mayke, Manoel, Paulo André e Mena; Henrique, Willians e Charles; Marinho e Alisson; Vinícius Araújo.Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Série A (16° rodada). Local: Arena PE. Horário: 18h30. Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS). Assistentes: Marcelo Van Gasse (SP) e Fabricio Vilarinho da Silva (GO)
Náutico tropeça no Macaé e deixa o G4Foto: Guga Matos/JC Imagem
O Náutico foi para o intervalo vencendo o Macaé por 1×0 e na liderança do Campeonato Brasileiro da Série B. Mas depois de repetir os velhos erros de não aproveitar as várias chances criadas, foi castigado pelo empate e com o 1×1 deixou a Arena Pernambuco neste sábado (1), em quinto lugar, com 28 pontos, empatado com América/MG e Bahia, mas atrás nos critérios de desempate.
O Náutico agora vai ter que buscar a recuperação em dois jogos fora de casa, contra o CRB (8) e Bahia (11).
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O JOGO
Após um início de jogo tão nublado quanto a tarde de sábado na Arena Pernambuco, o Náutico foi acordando e as chances começaram a aparecer. Em 20 minutos de partida, o Timbu já tinha chegado com pelo menos três jogadas de perigo. A primeira e mais clara, com Fabiano Eller escorando “no susto” um rebote concedido pelo goleiro Rafael. Em seguida, Guilherme invadiu a área e chutou cruzado, mas errou o alvo. Pouco tempo depois, foi a vez de Marino concluir um cruzamento quase na pequena área, mas a bola explodiu na defesa.
Quando conseguia passar do meio-campo, o Macaé seguia de forma desarticulada e sem apresentar muito perigo, deixando o Náutico tranquilo para jogar. Em 30 minutos de jogo, os cariocas não chutaram uma única bola em gol.
Enquanto isso, o Náutico seguia a sua blitz, tentando aproveitar os vários espaços que a defesa do Macaé concedia. Numa jogada até curiosa, Hiltinho errou um chute, mas a bola acabou sobrando para ele mesmo, que teve a chance de abrir o placar, já na pequena área. A carga alvirrubra continuou com chegadas mais frequentes pela direita, porém sem resultado efetivo, pois quase sempre Douglas seguia a sina de “atacante solitário” na área, quase sempre com marcação dupla.
Como o pessoal da frente não estava resolvendo, coube a um homem da defesa abrir o placar para o Náutico. Fabiano Eller tentou duas vezes, em duas cobranças de escanteio. Na primeira, a cabeçada dele resvalou nas costas do adversário e foi para linha de fundo. Na cobrança imedita, o xerife alvirrubro apareceu de surpresa para, com os pés, escorar para o gol, aos 40 de jogo.
O atacante Douglas, que até então no jogo só tinha participado num lance duvidoso de pênalti em cima dele, teve a chance de ampliar o placar ainda no primeiro tempo. Ele recebeu a bola na área, matou bonito no peito, mas chutou no zagueiro.
Foto: Guga Matos/JC Imagem
O Macaé voltou mudado, com Dos Santos na vaga de Wagner e, coincidência ou não, um pouco mais saidinho na partida, arriscando-se no ataque. Em contrapartida, havia espaço para o Náutico contra-atacar. Logo no reinício do jogo, Douglas ia invadir sozinho a área, quando foi derrubado pelo zagueiro Thiago Cardoso. Ficou só no amarelo. Na cobrança, Pedro Carmona caprichou e a bola passou perto.
Foi o último lance de um apagado Pedro Carmona no jogo. Gil Mineiro ensacou a camisa e o substituiu.
O jogo entrou numa zona morta, mas perigosa para o Náutico, que parecia ter o controle do jogo, mesmo com o Macaé menos recuado na partida. A sensação de segurança foi por água abaixo aos 34 minutos, quando num apagão defensivo, os alvirrubros apenas assistiram o zagueiro Brinner, totalmente sem querer, escorar a bola com a coxa para dentro do gol, empatando o jogo.
Com pouco tempo para reagir, o Náutico foi para o abafa. E quase consegue nova vantagem, numa jogada entre Douglas e Hiltinho, que encobriu o goleiro. Teimosamente, a bola bateu no travessão. Foi a última das várias chances criadas pelo Timbu, que com o tropeço saiu do G4.
Náutico tropeça no Macaé e deixa o G4
FICHA DO JOGO
Náutico: Júlio César; Guilherme, Ronaldo Alves, Fabiano Eller e Gastón Filgueira; João Ananias, William Magrão (Renato), Marino (Fillipe Soutto) e Hiltinho; Pedro Carmona (Gil Mineiro) e Douglas. Técnico: Lisca.
Macaé: Rafael; Henrique, Brinner, Thiago Cardoso e Diego; Gedeil, Pipico, Juninho e Marquinho (Éberson); Anselmo (Jones) e Wagner (Dos Santos). Técnico: Marcelo Cabo.
Cartões amarelos: Gastón Filgueira, Pipico, Gedeil e Thiago Cardoso e Wagner. Expulsões: Gols: Fabiano Eller (40 do 1º), Briner (34 do 2º). Renda: R$ 109.550,00 Público: 6.570 torcedores. Árbitro: Luiz Cesar Magalhães (CE).Assistentes: Armando Souza e Arnaldo Souza (ambos do CE).
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