O Brasil corre o risco de se tornar uma ditadura socialista?

Ciro Sanches Zibordi


O Plano Real, lançado durante o curto mandato de Itamar Franco, presidente que sucedeu Fernando Collor, no fim de 1992, foi um plano econômico que mudou a História do Brasil, trazendo ao país estabilidade econômica e tornando a nossa moeda forte. Por causa do sucesso desse plano, o então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso (FHC) foi eleito e reeleito presidente da República, governando o Brasil no período de 1995 a 2003. À época, seu prestígio era tão grande, que ele venceu as duas eleições no primeiro turno. Ao final do segundo mandato de FHC, havia um grande desgaste; a economia não andava bem, e a maioria do povo não permitiu que o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) tivesse mais um mandato. Uma mudança era necessária, pois, numa verdadeira democracia, a alternância de poder é muito importante.

Luís Inácio Lula da Silva, do PT (Partido dos Trabalhadores), então, que vinha tentando se eleger presidente há vários anos, despiu-se do estalinismo que pregou durante anos, vestiu um terno Armani e conseguiu se eleger, em 2002, numa disputa com o peessedebista José Serra. Em dois mandatos (2003-2011), Lula, surfando nas ondas do Plano Real e mostrando grande habilidade política, não deixou a desejar. Ele valorizou o diálogo e conseguiu conter a ânsia de José Dirceu, que queria pôr em execução seu plano de transformar o Brasil, pouco a pouco, em uma ditadura socialista.

A despeito do mensalão — o maior escândalo de corrupção da História do Brasil —, Lula, com uma boa equipe econômica, fez com que houvesse crescimento econômico em meio a uma grande crise internacional. Esse crescimento trouxe melhoria para a vida de muitos brasileiros, visto que o governo passou a investir em projetos sociais. Entretanto, houve pouco desenvolvimento. A partir do governo da "gerentona" Dilma Rousseff (como é chamada pelos oposicionistas), iniciado em 2011, o crescimento foi baixando a cada ano, até estagnar-se. E a inflação voltou. Após 12 anos de petismo, conquanto tenha havido conquistas no âmbito social, o Brasil continua subdesenvolvido. A educação, a saúde e os transportes estão caóticos; a violência e a impunidade atingiram níveis para lá de alarmantes; a pobreza tem sido maquiada. A nossa posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é vergonhosa.

No mandato da "presidenta" Dilma Rousseff, também estourou o escândalo do petrolão, o qual, pelo que tudo indica, interconecta-se com o mensalão. Ademais, ela vem mostrando uma face assustadora, ultimamente, a ponto de defender na ONU o diálogo dos Estados Unidos com o mostruoso grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS). Penso o seguinte: assim como, depois do duplo mandato de FHC, havia desgaste, e o povo brasileiro entendeu que era tempo de mudar, hoje a mudança se faz necessária novamente. O petismo já está no poder há 12 anos, e há um clamor por um líder que seja, de fato, um estadista.

Tenho esperança de que esse líder democrático seja Aécio Neves. Acredito que ele está preparado para fazer o Brasil crescer e se desenvolver, mantendo as conquistas sociais. Além disso, nosso país precisa ser liberto da ideologia hiperesquerdista, retrógrada e extremista, que fomenta a luta de classes. Isso, no mandato da "presidenta", ficou muito evidente. Ademais, o Estado tem sido "aparelhado", a ponto de o petismo estar no controle, praticamente, dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Portanto, voto em Aécio Neves para presidente, sobretudo, porque desejo que haja alternância de governo e em razão de querer que o projeto de poder do petismo seja interrompido para o bem da democrática nação brasileira.

Ciro Sanches Zibordi

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