Estudo Pelo menos 43% das mulheres foram assediadas em transportes


Uma pesquisa feita pela ActionAid mostra que em Heliópolis, na periferia da cidade de São Paulo, todas aas mulheres entrevistadas já foram alvo de alguma forma de assédio em transportes coletivos.
Pelo menos 43% das mulheres foram assediadas em transportes
Reuters
Nacional
Um estudo da organização humanitária ActionAid afirmou que, das 306 mulheres entrevistadas, 50 eram residentes em Heliópoilis e todas elas disseram já ter sido vítimas de assédio em transportes coletivos. Em outras comunidades, a média de casos de assédio é de 43,8%.
Em segundo lugar, em casos de assédio, ficou o Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro. De acordo com o estudo, das mulheres entrevistadas, 66% conta já ter sido assediada. Já em Upanema, no Rio Grande do Norte, o porcentual de vítimas ficou nos 4%.
As mesmas entrevistadas afirmam  que costumam tomar precauções para não serem assediadas e que uma das formas, descrito por 71% das inquiridas, é não sentar no fundo do ônibus. 80% das mulheres ouvidas acredita ainda que o tempo de espera pelo transporte também é um fator de insegurança nestes casos.
Keila Barbosa, de 26 anos disse que “o que está pegando mais hoje é que a gente não pode vestir uma determinada roupa porque pode haver até estupro”, disse a entrevistada. Ela continuou. “Acontece bastante assédio e não podemos falar nada. Quando eu tenho que passar um pouco do meu horário de trabalho, preciso pegar um ônibus que praticamente dá a volta à cidade, por ter medo de descer no ponto onde sempre desço”0, contou Keila.
O relatório mostra ainda que, entre todas as entrevistadas, mais de metade afirmou ter já sido alvo de assédio por parte de policiais. Em uma comunidade de Pernambuco, essa taxa atingiu os 84% das mulheres, escreve  o Estado de S. Paulo.

Comentários