Pernambuco tem a 6ª maior fila de espera por transplante do Brasil

Rins são a principal necessidade dos pacientes que aguardam doadores. Secretaria de Saúde lança campanha nesta terça-feira. Do G1 PE Comente agora Uma campanha será lançada nesta terça-feira (24), no Recife, para incentivar a doação de órgãos em Pernambuco. O estado tem a 6ª maior fila de espera do Brasil, com 1.712 pessoas à espera de um novo órgão, sendo 1.426 precisando de um rim - principal órgão solicitado pelos pacientes. O estado fica atrás apenas do Espirito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. A ação "Doar órgãos é uma decisão difícil, mas salva vidas" é promovida pela Secretaria Estadual de Saúde por ocasião da Semana Nacional de Doação de Órgãos e do Dia Nacional de Doação de Órgãos, comemorado na próxima sexta (26). De acordo com o secretário de Saúde do estado, Antônio Carlos Figueira, de cada 10 pernambucanos inscritos na fila da
Central de Transplantes de Pernambuco, 9 são renais. Mesmo assim, o número diminuiu com relação a 201
2, quando havia 1.725 pessoas na lista de espera apenas para este órgão. "O mais importante é que nós podemos doar [este órgão] em vida. É fundamental que todo familiar que tenha um paciente fazendo hemodiálise no estado procure clínicas e peça para ser doador. Um doador de rim pode ser em vida e é até melhor", informou ele, em entrevista ao Bom Dia Pernambuco. Qualquer pessoa viva ou morta pode ser doadora de órgãos, menos em alguns casos específicos como câncer terminal ou outras doenças que inviabilizem o funcionamento de alguns sistemas do corpo humano. Doadores vivos podem fornecer órgãos duplos como os rins e pulmões, ou partes de órgãos, como o
fígado, cuja retirada não causa danos ao doador. Já os doadores mortos podem salvar vidas doando coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, córnea, veia, ossos, pele e tendão. Confiança É importante conscientizar os parentes da importância de doação porque, ainda segundo o secretário, 50% das famílias negam o órgão após a morte encefálica de alguém. Como explica Antônio Carlos, o protocolo que define a morte cerebral é muito rígido e os pacientes devem confiar no sistema de transplantes. "Abre-se um protocolo, o neurologista faz todo o exame clínico. Tem que ter comprovação gráfica, então é feito um ultrassom ou um eletroencefalograma. Dá-se a certeza total de que aquela pessoa teve morte cerebral", afirmou ele. Depois da autorização da família, a Central de Transplantes encaminha o órgão para um receptor compatível, obedecendo a ordem da lista única do estado. Além das pessoas que precisam de doação de rins, outros 143 pacientes em Pernambuco precisam de um fígado, 83 aguardam uma córnea; 44, medula; 13, um coração; e 3 precisam de um transplante simultâneo de rins e pâncreas. Pernambuco é o 4º estado transplantador no Brasil. A campanha quer conscientizar a população sobre a importância de doar órgãos, comunicar à família o desejo de ser doador e dar mais um passo para salvar uma vida. Será realizada uma capacitação para chamar a atenção dos profissionais de saúde com relação aos cuidados com os rins, para diminuir a fila de espera por um transplante deste órgão e evitar doenças como diabetes e hipertensão, maiores causadores de adversidades neste aparelho. Confira a programação: >> Terça-feira (24), às 9h Auditório da Secretaria Estadual de Saúde, no Bongi Simpósio sobre a prevenção da insuficiência renal crônica e a fila de transplantes Exibição do documentário "Transplantes: a vida continua", do Governo de Pernambuco Auditório do Hospital da Restauração, das 13h às 22h Curso de Comunicação de Más Notícias (até 18h) 4º Encontro Estudantil de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos (até 22h) >> Quinta-feira (26) Centro de Formação dos Servidores e Empregados Públicos do Estado de Pernambuco (Cefospe), às 14h Curso de Morte Encefálica >> Sexta-feira (27), às 7h Parque da Jaqueira Caminhada para transplantados, familiares e instituições de captação e transplante tópicos: Pernambuco, Recife

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