Inflação volta a subir em agosto e impacta nos alimentos e na saúde


Alimentação representa gasto de 24% do orçamento familiar em Fortaleza. No Recife, remédios e planos de saúde ficaram acima da média nacional.

A inflação voltou a subir em agosto. O IPCA registrou alta de 0,24%. Os preços dos alimentos, especialmente, aceleraram.
Em Fortaleza, até a comidinha caseira ficou mais cara em agosto. No ano, a alta já chega a 5%. Esses gastos com alimentação em casa representam hoje 24% do orçamento das famílias em Fortaleza, contra a média nacional, que é de 16%.
Um dos produtos que subiram de preço foi pão, por causa da alta do dólar, e também o leite, que o Ceará está produzindo menos por causa da seca. Está trazendo o produto de outros estados.
No acumulado dos últimos 12 meses, Fortaleza continua no topo das inflações mais altas do país.
No Rio de Janeiro, comer fora também tem assustado. E a inflação dos alimentos já começa na primeira refeição da manhã. No Rio de Janeiro, foi destacado o item dentro do IPCA que é a refeição fora de casa. E o café da manhã tem tido um superimpacto dentro desse item porque, de manhã, sempre tem um panificado, que é o grupo que sempre tem farinha de trigo, que é o pãozinho, biscoito, bolo, e o café. Dentro disso, o café da manhã está 2,11% mais caro em agosto. No acumulado dos últimos 12 meses, já são 7,81%.
Neste mês, o café ficou 0,4% mais caro, e esse grupo dos panificados aumentou 9,5% já no ano. Variam de 10% a 15% que, no geral, faz uma boa diferença.
Em São Paulo, nas maiores cidades está difícil pagar por moradia. O problema está nos novos contratos de aluguel, que subiram bem mais que a inflação. Enquanto a inflação nacional medida pelo IBGE, do IPCA, subiu 0,24%, os aluguéis em agosto, em São Paulo, subiram 0,75%. E nos últimos 12 meses, os aluguéis subiram quase 12%. Uma das explicações dessa alta é que o preço do valor dos imóveis também subiu, e aí os aluguéis acabam se valorizando.
Segundo economistas, o pagar por aluguel mais alto mostra o poder de compra do consumidor. Quanto mais ele pode pagar em um aluguel alto, mais mostra o quanto ele tem de dinheiro e quanto ele pode gastar.
No Recife, os gastos com a saúde é que estão pesando mais no bolso dos pernambucanos. Para a economia, o peso é bom. O setor é o que mais contribui par ao aumento do PIB, o Produto Interno Bruto. O setor emprega 107 mil pessoas, direta e indiretamente, temos o maior pólo médico do Norte e Nordeste.
Agora, para o bolso, se a gente considerar o IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que é o medidor oficial da inflação, no Brasil, o aumento acumulado no ano, com medicamentos infecciosos e antibióticos, no Recife foi de 6,16%, acima da média nacional, que foi de 6%.
E o aumento com plano de saúde, 5,69%, acima também da média nacional, que foi de 5,62%, e o comprometimento da renda familiar com saúde e cuidados pessoais, de 12,75%, maior do que a média nacional, que é de 11,27%. Ótimo para a economia, ruim par ao bolso.
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