Técnica é resultado da conservação e armazenamento de plantas.
Estiagem deve voltar a atingir a região até março do ano que vem.
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Os agricultores de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, participaram nesta quarta-feira (18) um "Dia de Campo", para conhecer novas formas de conviver com a estiagem prolongada. O encontro foi na sede da Associação dos Produtores de Batatinha, no Sítio Serrote dos Bois. O tema "Duas rações naturais que ajudam a enfrentar a seca prolongada: a palma e a silagem" apresentou aos agricultores alternativas tecnológicas e naturais.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar do município, Anselmo Pereira, a seca deve voltar a atingir a região até março do ano que vem. "Estamos ensinando o processo de silagem que nada mais é do que triturar o milho forrageiro. Esse material deve ser utilizado como ração para os animais no momento em que a seca começar", diz Pereira.
Com relação a palma, é preciso deixá-la longe das pragas. "A única forma eficiente que existe atualmente é a substituição da Palma Salgada por três variedades existentes: Orelha de Elefante, Ipa Sertânia e a Palma Miúda. Essas espécies resistem a praga do cochonilha" disse o agente de extensão rural do Ipa, Anísio Júnior.
A silagem é resultado de um método de conservação e armazenamento de plantas que podem substituir o pasto no período de estiagem. A forma de preparo é decisiva para o sucesso da técnica. "O agricultor deve cobrir o silo com uma lona plástica. Depois deve deixá-la totalmente embutida no solo para que não entre água ou ar. Tomando esses cuidados a silagem pode ser servida de dois a três anos", diz o agrônomo do Ipa, Fábio César. Outro aspecto prositivo da silagem é que ela preserva todas as propriedades nutritivas.
O Dia de Campo também teve uma parte prática. Os agricultores aprenderam que a tecnologia é uma importante aliada na produção de alimento para o gado.
Por meio de uma máquina, é possível diminuir os custos e aumentar a quantidade de comida para os animais. Muita usada no sul do país, mas pouco conhecida no nordeste, ela substitui o trabalho manual em várias etapas da produção do silo. "Se no processo do silo é necessário em média doze pessoas, com essa máquina é preciso apenas uma", diz o diretor de Agricultura Familiar do município, Edílson Barbosa.
O equipamento ficará disponível para os agricultores de Caruaru. Quem já usou comemora os resultados obtidos. "Quando nós trabalhávamos fazendo tudo na mão, levávamos uns oito dias para fazer sessenta toneladas. Agora fazemos em apenas dois", afirma o agricultor, Isnaldo José da Silva.
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