09/09/2013 07h47 - Atualizado em 09/09/2013 07h47 Congresso dos EUA começa a debater ataque americano à Síria


Primeira votação importante no Senado deve ocorrer na quarta (11).
Parlamentares temem que ataque gere conflitos mais amplos na região.

Do G1, em São Paulo
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O Congresso dos EUA volta do recesso nesta segunda-feira (9) e começa a debater se dará aval para um ataque limitado das forças americanas ao regime sírio, em resposta ao suposto uso de armas químicas pelo governo do presidente Bashar al-Assad.
Sem conseguir aprovação do Conselho de Segurança da ONU para atacar -por conta da oposição de Rússia e China-, Obama decidiu pedir aval aos congressistas.
O Congresso segue dividido, com opiniões divergentes tanto no Partido Democrata de Obama como no oposicionista Partido Republicano.
 A Casa Branca pressionou neste domingo (9) pela aprovação na Síria, mas vários conhecidos legisladores disseram que não foram convencidos a aprovar ataques contra as forças de Assad.
Com uma votação teste crucial planejada no Senado dos EUA na quarta-feira, o Chefe de Gabinete da Casa Branca, Denis McDonough, percorreu cinco talk shows neste domingo para argumentar que um ataque limitado em resposta à alegada utilização de armas químicas do governo sírio envia uma mensagem de dissuasão aos inimigos regionais.
Mas Mike Rogers, presidente republicano do Comitê de Inteligência da Câmara e um defensor dos ataques, disse que o presidente Barack Obama fez "uma bagunça" em seu argumento para a ação militar para punir Assad.
"Está muito claro que ele perdeu apoio na semana passada ... O presidente não se defendeu", disse Rogers ao programa da rede CBS, "Face the Nation".
O plano de Obama enfrenta resistência significativa dos republicanos e seus colegas democratas no Congresso, com muitos legisladores preocupados que os ataques militares na Síria possam levar a um compromisso prolongado dos EUA e provocar conflitos mais amplos na região.
"Eu estou perguntando onde está o problema de segurança nacional? Não se enganem sobre isso, no momento em que um desses mísseis de cruzeiro aterrisarem lá, estaremos na guerra da Síria," disse a democrata da Califórnia, Loretta Sanchez, no programa da NBC, "Meet the Press".
Michael McCaul, presidente republicano do Comitê de Segurança Interna da Câmara, disse que o plano de Obama foi "irresponsável".

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